Revolta, revolta é o que sinto ...
Estou revoltada como mulher e como torcedora,
cada vez que leio sobre o corte da jogadora de basquete da Seleção Brasileira
Iziane .
Durante anos e anos vimos noticiado na
imprensa, fugas espetaculares de
jogadores de futebol, burlando segurança e treinadores, fazendo orgias e
festeres até o sol nascer, não com suas namoradas, mas com piriguetes e adjacências
e nunca foram expulsos.
Vimos estes mesmos jogadores gabando-se de
suas peripécias, onde haviam 10 mulheres para cada homem.Sem falar nos casos de bebedeiras homéricas, e que no dia seguinte, assistíamos estes mesmos jogadores, arrastando-se em campo.
E NUNCA vimos nenhum ser expulso de qualquer time, ou da Seleção.
Agora as vésperas das Olimpiadas de Londres,
Iziane, que sempre foi exemplo de dedicação e entrega total a Seleção
Brasileira de Basquete, foi expulsa, por ter levado o NAMORADO para dormir no
hotel onde estava concentrada.
Que marmota é essa?
Em pleno século vinte e um, nós mulheres ainda recebemos tratamento
diferenciado, apenas porque somo mulheres?
Ainda estamos sobre o domínio machista, de
dirigentes dinossauros, que se acham no direito de punir uma mulher por ter
estado com a pessoa que AMAVA, enquanto na contramão disso, nunca tiveram
tiveram coragem, pra punir os Ronaldinhos da Vida, os Adrianos e todos os
jogadores que ja pintaram e bordaram, bem nas barbas destes senhores
mandatarios.
Não
senhoras, não é só o Brasil quem perde, perdemos nós mulheres, que levamos anos
e anos, pra conquistar alguns direitos, que levamos anos e anos para podermos
andar de cabeça erguida e dizer, eiiii, nós estamos aqui, somos capazes, somos
seres humanos, temos os mesmos direitos, não estamos aqui apenas para procriar,
satisfazer os desejos masculinos, esfolar a barriga no fogão.
Temos capacidade, temos a força de constituir
familia, temos a força de gerar vidas, temos a força, de continuar levantando a
cada rasteira da vida ...
Temos
força até para superar o
preconceito....
Marlise Julião
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